Como artistas, encontramos a possibilidade de dar visibilidade a contradição da falta de espaços e possibilidades culturais da cidade, em oposição à pujança econômica e especulativa do mercado. Talvez porque somos estrangeiros, talvez porque ainda há muito que conhecer, talvez porque a arte tem espaços impensáveis. Vamos a cara na arte e a arte nas ruas.
Realizar o “Se Essa Rua Fosse Minha” veio de encontro a necessidade de expressão em uma cidade onde não se tem nenhum teatro, enquanto espaço físico, de domínio público. Com a reforma do Teatro do SESC em 2012, Petrolina encontrava-se sem abrigo aos seus artistas, nesse cenário que propomos a realização deste mini-festival que valoriza atividades artísticas em espaços públicos, como intervenções que vem para a popularização das artes.
Dialogando com a cidade vizinha Juazeiro, da qual nos distanciamos apenas pelo Rio São Francisco, o festival se desdobrou pelas ruas das duas cidades, levantando a possibilidade de diálogo entre culturas tão próximas e ao mesmo tempo tão diversas, culminando em uma ação performática na Ponte Presidente Dutra, levando em consideração esse fluxo diário entre os habitantes das cidades, o encontro da Bahia com Pernambuco.
GALERIA DE FOTOS
Por Carol Andrade